Arquitetura inclusiva cria espaços mais democráticos

Arquitetura inclusiva cria espaços mais democráticos

A inclusão social propõe assegurar e viabilizar os direitos das pessoas que sofrem discriminação ou possuem algum tipo de limitação. É uma forma de reduzir as desigualdades e viabilizar o acesso desse público a locais, bens e serviços. A inclusão social também tem espaço na arquitetura, para tornar os espaços mais receptivos, permitindo que sejam utilizados por todos, de maneira igualitária. Além de proporcionar conforto e autonomia, a estratégia beneficia a qualidade de vida de todos.

“A arquitetura inclusiva engloba ações para garantir o acesso de pessoas que apresentam alguma condição especial a suas diversas necessidades. É projetar com o olhar direcionado a tornar o espaço acessível a todos os seres humanos, atendendo à diversidade e à especialidade de cada indivíduo. Para criar projetos inclusivos, o profissional precisa compreender e considerar essas condições, tornando os locais públicos e particulares acessíveis a todos”, explica a arquiteta Carla Pires.

Arquitetura inclusiva na prática

Carla Pires pontua que é possível utilizar a arquitetura inclusiva em qualquer projeto, seja para espaços públicos ou privados. “O profissional pode adotar estratégias de inclusão em todos os projetos, mantendo a atenção para as normas e parâmetros legais e técnicos existentes, a fim de prevenir eventuais problemas de execução e garantir que tudo saia dentro do planejado”, afirma. Porém, um detalhe é fundamental nesse processo. “Para elaborar um projeto de inclusão é preciso ter clareza sobre o objetivo, e que ele seja viável, isto é, possível de ser alcançado”, alerta.

Um bom exemplo da aplicação da inclusão na prática está na garantia de acessibilidade em projetos de arquitetura e construção. “Isso é essencial, pois diz respeito à possibilidade de transpor os entraves que representam barreiras para a efetiva participação dessas pessoas nos vários âmbitos da vida social”, destaca a profissional. Dentre os equipamentos que facilitam a arquitetura inclusiva estão as rampas, plataformas, elevadores acessíveis, pisos táteis, sinalização inclusiva, barras de apoio em áreas molhadas, piso de borracha etc.

Principais dificuldades

A arquiteta pondera que podem haver algumas dificuldades no desenvolvimento de projetos inclusivos, em razão da contraposição entre programas arquitetônicos extensos e áreas muito reduzidas. “Essa é a dificuldade maior que o profissional encontra, pois muitas vezes o uso dos equipamentos projetados se torna inviável para atender às normas técnicas, quando temos espaços reduzidos e programas grandes. Nesses casos, podemos transpor algumas complexidades com o uso de soluções tecnológicas”, afirma Carla Pires.

Impacto social

A elaboração de projetos inclusivos causa um impacto social bastante positivo. “A inclusão das pessoas que apresentam dificuldades especiais em todos os projetos públicos e privados trazem uma grande evolução ao progresso das cidades, benefício que vai além da satisfação dos usuários”, destaca Carla Pires. Ela aponta que o profissional pode se basear na Lei Brasileira de Inclusão e demais dispositivos legais existentes, para remover essas barreiras através de atitudes.

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