Entre Figuras e Símbolos: A Bahia de Arthur Fraga

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Arthur Fraga, um artista visual cuja obra reflete a multiplicidade da Bahia, encontrou na arte uma forma de expressar o que é mais profundo e íntimo de sua identidade. Seu trabalho vai além da criação de imagens, ele é uma manifestação da cultura, da história e das emoções que permeiam o cotidiano de um povo.

Sua história artística é marcada pela busca de dar forma a sua visão de mundo, que desde a infância, tem a figura humana ocupando o lugar central. Arthur, através de uma abordagem figurativa, dialoga com a multiculturalidade da Bahia, capturando em suas telas a riqueza cultural e histórica que o inspira. Sua admiração pelas baianas, com seus trajes que misturam influências portuguesas, africanas e islâmicas, é uma das mais recentes fontes de sua criação. Para ele, a mulher baiana é um símbolo de resistência e preservação das tradições que definem a identidade da Bahia.

Arthur Fraga está inserido em uma nova geração de artistas baianos que, embora profundamente inspirados pelo rico legado cultural da Bahia, buscam construir novas narrativas. Essa participação não só comprova seu talento individual, mas também reforça seu papel inovador dentro de um contexto de renovação da cena artística local.

Atualmente, Arthur se encontra em uma nova fase criativa, imerso em figuras e signos. Ao revisitar essa simbologia tão presente na Bahia, ele experimenta novas possibilidades técnicas, como o uso de massa acrílica, que anteriormente aplicava de forma abstrata, mas agora com um caráter mais concreto. Essa abordagem promete conferir mais corpo e textura às suas obras. “Estou amando cada vez mais a proporção e a harmonia das telas que crio. A beleza vem como consequência do trabalho da união das cores, traçados e técnicas”, diz.

O artista acredita que a obra não se limita ao quadro em si, mas à poética apresentada pelo artista. “Quero que as pessoas admirem meu trabalho como um todo, não apenas uma obra individual”, explica. Para Arthur, a arte é reflexo de um conjunto de qualidades de quem a cria além do que está produzido na tela. Ele acredita que, por trás de cada obra, está uma doação de si, e é isso que ele quer compartilhar com o público.

A Arte Como Reflexo de Sua Jornada Pessoal

A arte de Arthur Fraga é, antes de tudo, uma manifestação de sua própria vivência. Ele nos conta que seu processo criativo é guiado por uma constante evolução. As fases do artista são um reflexo da diversidade de cada ser no momento em que se vive. Para Arthur, cada tela é uma representação de seu caminho, de suas inquietações e de seus momentos de introspecção. Ele permite ser guiado pelas emoções do momento, sem o dever de racionalizar cada detalhe de sua criação. “Vivo as emoções do momento e nem sempre me apego a fatos concretos.” compartilha, refletindo a liberdade que ele busca em sua produção.

A relação de Arthur com o sincretismo da Bahia também é uma das chaves para entender sua obra. Símbolos como a figa, os búzios, o crucifixo e a escolha pelos azulejos ganham forma e presença em suas telas, trazendo à tona a riqueza das tradições e a espiritualidade que permeiam a vida cotidiana na Bahia. Para Arthur, esses elementos são símbolos que contam histórias de resistência, fé e ancestralidade. “A figa é um bom exemplo do sincretismo que me molda. A Bahia me criou e segue me ensinando a cada dia”, afirma.

Momentos Que Inspiram

Em sua trajetória, Arthur destaca que o constante movimento e a busca por novas formas de expressão foram fundamentais para moldar seu estilo. Ele nos conta que através do consumo de outras fontes de arte como arquitetura, música e leituras, as ideias surgem espontaneamente, como se fossem um sonho que se materializa na tela. “Às vezes, eu sonho com minhas telas, elas surgem como o embrião da pintura”, diz, revelando o caráter intuitivo e orgânico de seu processo criativo.

Em sua participação no Anuário de Arquitetura e Decoração da Bahia, Arthur traz à tona um importante simbolismo: a Igreja do Bonfim, em sua grandiosidade, e as duas baianas adornando o Senhor do Bonfim, são uma representação dos povos de fé e continuidade das tradições e do legado cultural da Bahia. A obra feita para o anuário é uma homenagem à Igreja mas sobretudo uma afirmação da importância dos símbolos da Bahia para a memória coletiva e a identidade do povo baiano.

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